Vejo-te sem me veres
Toco-te sem me sentires
Beijo os teus lábios
Sem sentires o toque dos meus.
Caminho contigo
Sem veres a minha sombra
Sou a chuva que molha os teus
cabelos
O sol que acalenta o teu rosto
Sou o brilho da lua
Que reflecte a tua sombra.
Sou o boémio
Que entra nos teus sonhos
Sou a lágrima que os teus olhos
vertem
O sangue que percorre as tuas
veias
No coração fechado ao amor.
Sou, apenas alguém
Que de uma rosa faz um jardim
Das pétalas lençóis de cetim
Sou a sombra, que ninguém vê
Apenas eu, longe de ti.
(Gaspar Oliveira)
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