domingo, 15 de dezembro de 2013

Selva do Amor




Vejo o teu corpo desnudo
Do vestido lilás que eu despi
Esse teu corpo suado enlouquecido
Que se entrega as carícias do meu olhar.

Olhas para mim, com esse teu olhar fatal
Tal e qual uma predadora faminta
Na selva quente dos lençóis de cetim
Desejando ser possuída até ao fim.

O teu corpo contorce-se freneticamente
Quando beijo a tua pele sedosa
Nos delírios dos teus gemidos.

Lentamente, entregas-te abrindo as tuas pétalas
Para receber a seiva, que te vai polinizar
Numa constante loucura de desejo e paixão
No calor tórrido emanado pelos nossos corpos
Nesta selva chamada amor.
(Gaspar Oliveira)

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