quinta-feira, 30 de outubro de 2014
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Não Sei
Já
não sei o que é real ou ficção
Se
estou acordado ou a dormir
Apenas
sei que o pesadelo é fustigante
Nesta
vida insaciável de homens fúteis
Que
se massacram mutuamente
Arrastando
com eles inocentes
Que
diariamente sucumbem
Tal
e qual folhas secas no chão.
Vidas
roubadas, silenciadas por balas
Cabeças
decepadas
Mulheres
esventradas, violadas
Crianças
sem tempo para sonharem.
Não
sei que humanidade é esta
Que
ceifam vidas sorrindo
Iludidos
pelas garras de um Deus menor
No
pináculo de uma decadência atroz.
Quanto
tempo nos resta
Neste
tempo regido pela crueldade
De
anjos negros encapuzados
Em
vales que outrora foram floridos
Hoje,
salpicados pelas lágrimas de inocentes
Que
alimentam com o seu sangue
A
fugaz demência dos senhores das trevas.
(Gaspar
Oliveira)
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