Poesia

Inalo as palavras escritas
No livro de poesia
Sinto o calor das mãos
Que as palavras transcreveram
Em folhas brancas coloridas.

Poesia que tanto me encanta
Poesia que me alimenta
Poesia que me conquista
Poesia que me fez gente.

O perfume da poesia
Exalta fragrâncias de amor
Na conjugação do verbo amar
Num poema repleto de amor

Poesia minha amada
Que para sempre vou ler
Encontro nas tuas quadras
Toda a beleza de um ser

Poesia de tantos encantos
Que por ti me apaixonei
Tens a beleza das palavras
Um dia poeta, eu serei.
(Gaspar Oliveira)

 

Desenganos

Será que és feliz

Com quem diz que te ama

Será que tudo não passa

De uma mera ilusão.

Tentas enganar

O teu pobre coração

Que ainda anda a deriva

Ficando só na solidão.

Será que não consegues

Esquecer quem te esqueceu

Morrendo lentamente

Tal e qual as rosas que ele te deu

Será que vais sofrer

Por quem nunca te amou

Que a tua boca beijava

Na cama de outra se deitou

Será que andas perdida

Num tempo que já passou

Chorando neste presente

Lágrimas por quem não te amou.

(Gaspar Oliveira)

Mulheres da minha vida

São várias as mulheres

Que fazem parte da minha vida

Com elas tornei-me homem

Com elas fui e sou feliz.

Mulheres lindas e amadas

Umas viram-me crescer

Duas que eu vi nascerem

Saudade das que vi morrer.

Mulheres que me rodeiam

Que me fazem acreditar

Que as rosas mais bonitas

São os seus lindos olhares.

As mulheres da minha vida

São sem dúvidas os meus amores

Filhas lindas que tanto amo

Meninas lindas, minhas flores.

A rainha da minha vida

Que um dia me pariu

É sem dúvida a mulher

Que tudo na vida me deu.

Para todas as mulheres

Que na vida eu conheci

A todas quero agradecer

O homem que hoje sou.

(Gaspar Oliveira)

Mulheres

Num mundo de tanta loucura

De homens que brincam as guerras

Com brinquedos de matar

Lapidam este planeta

Com bombas em vez de amar.

Homens que se julgam heróis

No pedestal do ser supremo

Desbravam mares, movem montanhas

Fazem do céu a lua

Choram como crianças.

Mulher, quem és tu afinal

Que de heroína nada tem

És frágil, covarde, chorona

Trabalhas e ainda és mãe

Mas afinal quem és tu

Que te calas, quando agredida

Que escondes as dores para dar vida

Amordaçada, apedrejada, silenciada

Mal-amada muitas vezes.

Quem és tu mulher

Neste mundo de homens insanos

De loucos, heróis covardes

Que te rasgam rosto

Abrem-te as pernas por prazer

Quem és tu mulher que amo

Deusa de tanta beleza

Flor de todas as flores

Poesia de tantos encantos

Arco-íris de mil cores

És o ser mais completo

Tens a força da natureza

És a rainha da beleza

Princesa de contos de fadas

Mulher sempre abençoada.

Quem és tu mulher

Dizem mentes desequilibradas

Que em pleno século XXI

Não tem capacidades mentais

Para saber que tu Mulher

És tudo e algo mais.

(Gaspar Oliveira)

Descrevo-te

Não sei se te descrevo com palavras

Se te desenho numa tela

Com pigmentos de várias cores

Se me calo, admirando o teu ser.

Que palavras podem os meus lábios dizer

Para descrever quem tu és

Num sentimento que me invade

Sempre que de ti… fala o meu coração.

Haverá tela neste mundo

Capaz de guardar o teu rosto

Num tempo, onde certamente não vais estar

Porem, para sempre vou admirar.

Das cores que eu conheço

Nenhuma vai demonstrar a tua beleza interior

O teu rosto que transmite amor

Olhos lindos verdejantes

Luz que me iluminou.

Teria que voltar a nascer

Vezes e vezes sem conta

Para conseguir descrever

A mulher linda, que me fez nascer.

(Gaspar Oliveira)