quinta-feira, 31 de julho de 2014

Outros Tempos



Ouve um tempo, perdido no tempo
Em que o tempo tinha mais encanto
Os cheiros eram mais intensos
Os sorrisos, mais verdadeiros.
Era o tempo das cartas
Das folhas perfumadas, coloridas
Dos envelopes que deslizavam
Na sacola de couro gasta do carteiro.
O tempo dos eléctricos
Que navegavam pela cidade
Com crianças penduradas
Tal e qual andorinhas no beiral.
Era o tempo dos meus avós
Que foi passando pelos meus pais
Aquele tempo que eu ainda vivi
Na simplicidade desse tempo, fui feliz!
(Gaspar Oliveira)

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