quinta-feira, 31 de julho de 2014

Decomposição




Decompõem-se as pétalas na terra
Das rosas que morrem lentamente
No jardim descuidado, abandonado
Escondido entre o betão da cidade.

Este jardim que outrora brotava vida
Recanto escondido dos namorados
Casa dos cisnes que deslizavam
Nas águas cristalinas do lago.

Morrem as rosas lentamente
Sufocadas pelas ervas errantes
Num verde sem esperança
Neste jardim, que já viu sorrir crianças.
(Gaspar Oliveira)

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