Que devo eu
pensar
Das palavras que
não são minhas
De sorrisos disfarçados
De uma qualquer
concubina.
Que devo eu
responder
Há quem me olha
com mestria
Estes Juízes do diabo
Carcereiros de
almas perdidas.
Aves de rapina
famintas
Dilaceram a carne
ainda viva
Num corpo tombado
porém vivo
Numa manhã sem
dia.
Sombras de rosto
tapado
Entre capas e
xailes negros
Gente triste e
mal-amada
De olhares cegos
sem vida.
(Gaspar Oliveira)
Sem comentários:
Enviar um comentário