sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Margens




Sopra-me a brisa ao ouvido
De longe vem- me trazer
Noticias que eu não queria
Meu amor está a morrer

A distância que nos separa
De uma margem para a outra
É de um barco apodrecido
Que há muito morreu no cais

Das tabuas do velho barco
Que se faça o meu caixão
Ao teu lado vou descansar
Amor do meu coração

Vi os teus olhos fecharem
No espelho da água luzidia
Escutei o teu último suspiro
Nas minhas lágrimas, me afoguei.
(Gaspar Oliveira)

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