quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Pedras soltas




Caladas amordaçadas, sentenciadas
Quem são elas? São mulheres!
Mal tratadas, humilhadas, rejeitadas
Mulheres que não são mulheres
Prisioneiras do destino
Quanta beleza escondida
Entre linhos e cambraias de algodão
Pobre coração esse o teu mulher
Pedras soltas, arremessadas
Morte apedrejada, mulher!
Pobres homens sem escrúpulos
Que nasceram de uma mulher
Hoje com pedras nas mãos
Barbaramente mutilam um coração
De uma mulher, que podia ser tua mãe.
 
(Gaspar Oliveira)

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