Quantas
lágrimas vertem as crianças
Nos
rostos cobertos de pó
Escondidas
entre sorrisos famintos
Numa
paisagem cada vez mais atroz
Arrastam-se
como lesmas sem muco
Pela
poeira que varre a aldeia
Ganhando
forças, erguem a mão
Pedindo
com o olhar, um pedaço de pão
Crianças
de pele e osso
Olhares
profundos esbugalhados
Crianças
que não chegam a ser homens
Crianças
que morrem, por terem fome
(Gaspar
Oliveira)
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