Quantas
vezes, me perguntei
Se
era verdadeiro o amor
Nas
cartas que me escrevias
Quando
a noite me dizias
Nas
palavras que transcrevias
Numa
folha de várias cores.
Imaginei-te
a luz da candeia
Ao
som do crepitar da madeira
Da
lareira que te aquecia
Nas
longas noites de inverno
Longe
de qualquer olhar.
Eu,
sozinho no mundo
Envolto
num sono profundo
Duvidando
do verbo amar
Inalando
o teu perfume
Que
a tua carta me veio dar.
Talvez
seja a distância que nos separa
Ou
apenas a confusão que se alastrou
Na
mente que ficou confusa
Quando
deixei de ver o teu olhar.
Confesso
que falei com a lua
Quando
sozinho na rua
Entre
as sombras do passado
Nos
devaneios de agora
Numa
estrela vi o teu olhar.
A
lua ficou em silêncio
Quem
sabe a reflectir
Talvez
um dia me diga
Que
cada carta é uma certeza
No
cintilar do teu olhar.
(Gaspar
Oliveira)
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