terça-feira, 23 de junho de 2015

Mulher Sereia





Ao longe vejo o mar
Que transborda no meu olhar
Sinto a brisa no meu rosto
A salinidade nos meus lábios
Beijo as ondas que se deitam
Nas areias quentes, onde tu estas
Numa toalha deitada.

Sob um sol escaldante
A tua pele bronzeada
Exalta o teu amor
E eu fico ali, olhando-te
No alto daquela falésia
Imaginando o teu olhar
Que um dia cruzou o meu.

Lentamente o sol deita-se
A lua acordava
O mar mais calmo adormece
E tu voltas-te a ser a sereia
Até ao nascer do dia,

Adormeço embalado pelas estrelas
Numa cama de malmequeres
Olhando o infinito do mar
Escutando o teu cantar.
(Gaspar Oliveira)

Adoro





Adoro fazer-te sorrir
Ver o teu rosto corar
Nesse corpo de mulher
Bate um coração de menina
Adoro ouvir-te cantar
E mesmo quando a tocar
Os teus olhos dizem baixinho
Boa noite meu amor
Adoro provocar-te
Com palavras compiladas
Que chego a ter saudade
Dos beijos que nunca te dei
Adoro as tuas curvas
Os teus cabelos ao vento
Os devaneios da tua mente
No silêncio do teu olhar
Adoro cada refrão
Do bater do teu coração
Quando te dou um abraço
Sinto a tua pulsação
Adoro esse teu ar de menina
Quando na tua timidez
Te entregas aos afagos
Do meu olhar que te penetra
Adoro quando me dizes Adeus
Com vontade de ficar
Lacrimam os teus olhos
Na saudade do meu olhar.
(Gaspar Oliveira)

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Beijei-te



Foi num lindo dia de sol
Timidamente, apareceste
Na mão trazias um livro
Na outra o teu coração
Ao longe eu já te via
Sem que tu te apercebesses
Caminhavas lentamente
Rumo a incerteza
O teu olhar encontrou o meu
Sorrimos como crianças
Trocamos dois beijos
Mais tarde demos a mão
Mas foi num momento único
Que tudo aconteceu
Caiu o livro da mão
Fiquei com o teu coração
E entre trocas de olhares
Os nossos lábios uniram-se
Pararam os ponteiros do tempo
Silenciaram-se as palavras
Num abraço, beijamo-nos
Num momento meu e teu.
Algures no meio do nada.
(Gaspar Oliveira)