sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Poetas do Amor





Os poetas são escultores de palavras
Cinzelam numa folha nua
Paisagens feitas letras
No labirinto da imaginação.

São criadores de emoções
Filósofos inconscientes
Loucos ou talvez não
Intelectuais ou marginais
Escrevem sem pensar
São estrelas cintilantes
Em noites sem luar.

Os poetas são imortais
O céu é pequeno demais
O inferno tem pavor
Dos poetas do amor.

Os poetas são flores
Nas ruas multicolores
São boémios sonhadores
Amantes e doutores
São eles, os poetas do amor.
(Gaspar Oliveira)

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Velhos e crianças





Escutei uma criança a chorar
Perguntei-lhe o motivo
Olhou-me com olhos de mágoa
Dizendo que só queria um abrigo.

Crianças abandonadas
Sem família para brincar
Seus dedos são brinquedos
Num tempo sempre a passar.

Velhos despejados em lares
Adormecidos no passado
Choram lágrimas de saudades
No natal que esta a chegar.

Velhos sábios de mil histórias
Que um dia alguém vai recordar
Hoje são estátuas vivas
Em armazéns chamados lares.

Pobre humanidade a nossa
De vaidades e utopias
Ganância e corrupção
Que não vêm nas lágrimas de uma criança
Os velhos de amanhã…
(Gaspar Oliveira)

Natal é Amor




Neste natal quero brindar
Aos amigos do coração
São estrelas lindas que brilham
Neste dia de amor e paixão.

Neste natal que haja alegria
Numa harmonia de paz e amor
Sem nunca nos esquecermos
Que algures, alguém precisa de amor.

Neste natal quero-te agradecer
A ti meu bom amigo
Estiveste sempre ao meu lado
Jesus Cristo Redentor.

Na mesa vou colocar
Um prato que vai estar vazio
Pode alguém ainda chegar
Será parte desta alegria.

Neste natal que haja união
Sem lágrimas e demagogias
Todo ser humano é um irmão
Juntos, somos pedaços do coração
(Gaspar Oliveira)

Retalhos




Do passado não quero saber
No presente só eu sei
O futuro só Deus sabe
No destino nunca acreditei.

Os ponteiros não vão parar
No tempo que não volta mais
Apenas fica a saudade
Que o tempo vai lapidar.

Retalhos de um passado
De olhares tristes magoados
Na magia de um olhar
O tempo não vai parar.
(Gaspar Oliveira)

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sombras da Perdição




Foi traído, enganado, maltratado
Por sorrisos falsos e demagogias
Sentimentos que não passavam de lamentos
Utopias de mentes desequilibradas
Na atrocidade de uma mente encarcerada.

Não fui o primeiro, nem serei o último
Apenas fui mais um num cardápio multicolor
Fui louco em acreditar em frases feitas
Retiradas de um livro satânico
De uma mente brilhante que um dia vou decifrar.

Cai na teia da aranha venenosa, provei o seu veneno
Bebi o seu mel, perdi-me nos seus encantos
Mergulhei no abismo, desci ao inferno e quase morri.

Era tarde quando me apercebi que o relógio parou
Os ponteiros andavam para trás, o cuco já não cantava
As sombras dominavam lentamente a mente
Quebrei as correntes do próprio tempo e voei
Abri a porta do presente, enterrei o passado

Sinto pena das almas que vão tombar
Nas garras afiadas da insanidade sem pudor
Tal e qual uma sereia, num mar de amor
Conquista marujos com palavras cantadas
Ao ritmo de desejos, na teia da sedução.

Fui enganado pela lua, traído pelas estrelas
Maltratado num capítulo, de um livro infame
Com o prefácio de satânicos lunáticos
Num conto, que só agora começou.
(Gaspar Oliveira)